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Curte um bate-volta? Quando vale a pena incluir um no seu roteiro de viagem?

Atualizado: 19 de nov. de 2020

Não tenho dúvida sobre a inclusão de alguns bate-voltas nas minhas viagens, pois acho uma maneira até divertida de conhecer lugares menores sem ter que de fato me hospedar neles.

Também tenho o costume de incluir bate-voltas nas mentorias que faço e normalmente são muito bem recebidos.

Normalmente faço ou sugiro bate-voltas planejados e escolho as cidades por alguns critérios como distância (principal fator), localidade (na Europa, por exemplo, é muito fácil incluir no roteiro diante da tranquilidade dos trens e das boas estradas), quantidade de pontos de interesses na cidade e se realmente vale a pena me ausentar por um dia do lugar onde estou hospedada.

Digo isso pois já desisti de bate-volta de Londres, por exemplo, por querer ficar mais um dia na cidade e achar que aquela escapada não valeria a pena, embora estivesse planejada.

Tenho em mente que bate-volta para cidades com distâncias maiores de 2 horas não valem muito a pena, pois podem se tornar cansativas. Seja de carro, trem ou ônibus.

Lugares com muitos pontos de interesse, como Colônia del Sacramento ou Washington merecem mais que um dia apenas e tento não incluí-las no roteiro como bate-volta.

Aliás essa avaliação é muito importante, já que para um bate-volta de sucesso levo em consideração o tempo para conhecer os pontos turísticos e o tempo para andar despretensiosamente pela cidade, conhecer lugares que não estão no roteiro e transformar a viagem em uma experiência única!

O que mais me agrada nesses passeios de um dia é não precisar carregar a mala pra lá e para cá. Sou adepta a fazer base em no máximo 3 cidades e delas conhecer algumas interessantes que fiquem por perto, mas é claro que isso não é regra e depende de outros fatores.

Já fiz muitos bate-voltas e como consequência já passei por alguns bem cansativos, outros perfeitos e aqueles cansativos, mas perfeitos!

Como exemplo de um bate-volta cansativo vou indicar Buenos Aires e Colônia del Sacramento - justamente porque essa última, como mencionei acima, merece mais do que um dia para conhecê-la melhor, uma vez que é a típica cidade para caminhar sem rumo pelas ruas e se perder em cada esquina linda que você encontra!


Liverpool é uma cidade que não merece um bate-volta, principalmente para os fãs de Beatles. Eu fiz, de Manchester, já que estava na cidade e a distância entre elas é de aproximadamente 1h30.


Curti muito Liverpool, mas poderia curtir mais! Curti o Cavern Club (mais do que eu imaginava!) até ficar emocionada assistindo a pequenos shows, mas poderia curtir (e me emocionar) muito mais!

Cavern Club
Cavern Club, Liverpool. Crédito da Foto: Leandro Galante - Viajar e se Encontrar

A cidade merece pelo menos uma noite de hospedagem, na minha opinião, claro.


Outro bate-volta que não acho interessante é Londres e Cardiff. A viagem de trem dura em torno de 2 horas, o que torna o passeio totalmente plausível, contudo Cardiff também merece uma atenção a mais diante de seus atrativos. Assim, você recebe uma carga de informações muito grande em um dia, se cansa e perde o prazer pela visita.


Lembro que a chegada em Londres foi em torno das 22h e eu estava realmente exausta a ponto de não ter coragem de sair do trem e ir para o hotel!


Como consequência voltamos para Cardiff anos depois e ficamos 3 dias na cidade (e de lá fizemos uma bate-volta muito legal para Caerphilly, cidade do interior do País de Gales que possui um castelo lindo bem no centro - esse foi um bate-volta perfeito).


Bate-volta Cardiff - Caerphilly
Bate-volta Cardiff - Caerphilly. Crédito da Foto: Maria Imperatriz - Viajar e se Encontrar

Aliás, tenho vários bate-voltas perfeitos para indicar! Edimburgo e Glasgow, Bruxelas e Bruges, Berlim e Potsdam, Lisboa e Cascais ou Sintra, Caen e Monte St. Michel ou Étretat ou Praias do Dia D, Santiago e Portillo ou Bariloche ou Cajon del Maipo, Rio de Janeiro e Petrópolis, Edimburgo e Stirling, São Paulo - Santos ou São Roque, Manchester e York, Recife e Praia dos Carneiros - Tamandaré, Tóquio e Monte Fuji, Cardiff e Swansea, Milão e Lugano, Salvador e Praia do Forte, Zurique e Lucerna, Porto e Aveiro, Londres e Stonehenge e por aí vai!

Zurique e Interlaken, na verdade Jungfrau, é um exemplo de bate-volta cansativo, mas perfeito! Perfeito já que o lugar é maravilhoso e cansativo porque subimos até o topo do Jungfrau - a montanha mais alta da Europa - e além das 2 horas de trem entre Zurique e Interlaken (com troca de trens em Berna) tivemos mais 2 hora de trem e cremalheria para subir e descer a montanha.


Valeu muito a pena, pois naquela viagem não caberia passar 2 ou 3 dias em Interlaken e o objetivo era conhecer o Jungfrau. Contudo, planejamos voltar à Suíça e aí sim curtir a vibe da região de Interlaken que é linda!

Estação de trem de Interlaken
Estação de trem de Interlaken. Crédito da Foto: Maria Imperatriz - Viajar e se Encontrar

E vale lembrar que na maioria das vezes o percurso entre as cidades do bate-volta é lindo e que a viagem já começa ali no carro, ônibus, trem ou barco.


Enfim, se bem planejado podemos dizer que vale a pena incluir um bate-volta no seu roteiro de viagem! É uma ótima opção para conhecer cidades menores sem precisar se hospedar nelas.

E sim, eu curto um bate-volta!

Até a próxima!

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